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Simpósios Temáticos


Dinâmicas de poder e ilustração na Época Moderna

Coordenadores:
Rodrigo Bentes Monteiro
Rogério de Oliveira Ribas

Resumo:
Entre os séculos XVI e XIX, Portugal e Espanha conheceram uma expansão
territorial que abrangeu continentes, configurando sociedades especiais
e ao mesmo tempo relacionadas entre si. O presente simpósio promovido
por pesquisadores da Companhia das Índias (UFF) pretende interligar por
meio do debate as várias faces desses impérios coloniais, ou monarquias
pluricontinentais, num tempo em que a religião era indissociada da
política, e esta de questões econômicas. Não obstante, as relações de
poder impregnavam todos os campos, nas tênues fronteiras entre
secularização e sacralidade, entre mobilidade e estamentos sociais que
configuravam privilégios - tema do último Pronex (Faperj/CNPq) obtido
pelo Núcleo de Pesquisa em História Ibérica e Colonial na Época Moderna.
O simpósio também abre mais espaço para o debate sobre a Ilustração,
pelo estudo de tradições amplas de saber, da sociabilidade ou das
práticas médicas no século XVIII.

Programação:

04/08 - Segunda-feira - Tarde (14h às 16h)
  • Rogério de Oliveira Ribas
    O Cristianismo na visão islâmica dos mouriscos no Portugal quinhentista.
    O Islão é a religião revelada na península Arábica , no
    século VII, que pregava a submissão total a Deus, nominado
    em arábe por Allah. Muhammad ibn Abdullah ibn Abdul Mutlib
    ibn Haxime, mebro da tribo dos Banu Qoraysh da cidade de
    Meca , a quem chamamos Maomé, do galicismo Mahomet, foi o
    que recebeu a revelação de Deus, através da intercessão de
    um nâmus , identificado pela visão popular muçulmana com o
    arcanjo Gabriel. A reunião destas mensagens divinas,
    recebidas durante a sua vida, acabou por dar origem ao
    Alcorão, o livro sagrado do Islamismo.
    Os mouriscos estabelecidos no Reino e domínios de
    Portugal, na sua quase totalidade, mantinham secretamente
    esta lei religiosa e praticavam o cripto-islamismo, em
    desafio ao poder do Santo Ofício Português, que considerava
    a crença e os ritos islâmicos como crimes de heresia e
    apostasia.
    Considerando estas questões, a comunicação, com base nos
    processos inquisitoriais, tem por objetivo mostrar a visão
    dos mouriscos, acusados de blasfemar contra a religião
    católica, seus sacramentos e ritos, revelando com isso, mais
    uma das faces da resistência islâmica na diáspora portuguesa.

  • Thereza Baumann
    America Tertia Pars: Memorabile Provinciae Brasiliae Hitoriam nas imagens de Theodore De Bry
    Theodore De Bry, gravador, flamengo, adepto da reforma protestante, foi responsável por um Thesauros de Viagens. Iniciada em 1590, essa obra reúne em 13 volumes os relatos das primeiras viagens à América e singulariza-se pelas centenas de gravuras que impõem ao europeu uma visão do Novo Mundo e de seus habitantes. Sem ter vindo à América, baseou-se em relatos de cronistas, viajantes, entre outros e, no texto em epígrafe nos de Hans Staden e Jean De Léry. Mas ao olhar o “outro”(o indígena), como observa nos prefácios de suas obras, o vê como uma das incomensuráveis obras de Deus, e acrescenta que, ao julgá-los com cordura, considerando a distância que “essa pobre gente” tem do conhecimento de Deus pode-se extrair perfeito material para louvar "ao Todo Poderoso”. Ao analisarmos a construção do indígena na obra em questão devemos considerar as relações políticas e sociais do gravador: sua proximidade com a corte elizabetana e grupos de oposição anti-habsburgo faz-nos supor uma comunhão de interesses religiosos e políticos. De Bry inclusive, ilustra a Lenda Negra de las casas um libelo contra a Espanha. America Tertia Pars dedicada ao Palatino do Reno e da Baviera embora trate da América Portuguesa e de viagens anteriores foi editado em 1592 durante a União Ibérica.
  • Vinicius Miranda Cardoso
    A Legenda Dardejada: São Sebastião como símbolo no Rio de Janeiro do Antigo Regime.
    A conquista portuguesa da Guanabara e a fundação do Rio de Janeiro (1565-1567) fariam florescer imagens míticas que, formando tradições de memória oral e escrita, conservariam um núcleo de significados ligados à vitória da cristandade lusa na região. Mitos que têm sua historicidade, sendo re-elaborados e re-significados por lugares sociais distintos, ao longo de variadas conjunturas, durante três ou quatro séculos. O mito da tutela sobrenatural do padroeiro São Sebastião para com o Rio de Janeiro seria um desses fragmentos de memória associados às origens da cidade.
    Numa cultura de “Antigo Regime”, na qual o que hoje entendemos por “religião” e “política” pertenciam à mesma esfera, não seria de se estranhar se o santo mártir São Sebastião fosse transformado em símbolo identitário no Rio de Janeiro, evocando a memória da fundação e conquista e veiculando discursos sujeitos a usos político-religiosos diversos. Nesse sentido, nossa apresentação procura dar um panorama de nossa pesquisa sobre São Sebastião e a memória das origens do Rio de Janeiro, tendo como mote o papel icônico representado pelo santo na localidade, entre os séculos XVI e XVIII. Adentramos, assim, pelo campo das identidades, práticas, representações e dinâmicas de poder no mundo “ibero-colonial” da modernidade.

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05/08 - Terça-feira - Manhã (10h às 12h)
  • Célia Cristina da Silva Tavares
    Goa – a capital portuguesa no Oriente
    Ao longo do século XVI, Goa – a capital do Estado da Índia, seu centro administrativo, econômico, militar, político e religioso – consolidou sua imagem de pólo da cristianização da Ásia e da África oriental, chegando a ser definida como a “pequena Roma do Oriente”. De fato, era ali que se concentravam o arcebispado, as bases das principais ordens religiosas, um grande número de clérigos seculares, igrejas, confrarias, o Tribunal do Santo Ofício, o Tribunal da Relação, a Santa Casa da Misericórdia, o Senado da Câmara, ou seja, as principais estruturas governativas. Catarina Madeira Santos destaca o caráter de capitalidade dessa cidade, o seu estatuto singular em comparação às outras capitais européias que se desenvolviam no período moderno, nos séculos XV e XVI. A presente comunicação tem como objetivo analisar a cidade de Goa dentro do conceito de capitalidade, identificando-a como espelho da capital européia: Lisboa.
  • Daniela Pereira Bonfim
    O Império Português no Oriente: o caso do Tribunal do Santo Ofício de Goa
    Esta comunicação busca a compreensão das especificidades do Tribunal da Inquisição de Goa, na Índia, - inserido na dinâmica do Império Português - que possuía jurisdição sobre as conquistas orientais portuguesas e a costa oriental da África. O Tribunal de Goa ficou associado a uma imagem de crueldade devido ao fato deste ter sido o mais ativo, dentre os tribunais portugueses. Contudo, tal atuação possivelmente, deva-se mais ao fato de situar-se frente a uma complexa sociedade, em um mundo de fronteira de civilizações, do que à ação persecutória do Tribunal.
    As motivações para a instalação de um tribunal oriental envolveram questões religiosas (como a presença de cristãos-novos no Oriente) bem como políticas (conflitos entre autoridades régias e eclesiásticas), que se aliaram a necessidades de criação de uma corte com a transposição de cargos e títulos para as distantes possessões orientais.
    As correspondências entre a Inquisição de Goa e o Conselho Geral em Lisboa, disponíveis na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, permitem a análise das dúvidas e consultas dos inquisidores em Goa acerca dos procedimentos desta instituição diante da complexa realidade oriental, uma vez que as práticas dos gentios foram progressivamente tornando-se o alvo principal dos agentes inquisitoriais.

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  • Patricia Souza de Faria
    Os franciscanos e o poder episcopal na Índia Portuguesa (séculos XVI e XVII)
    A ação dos franciscanos no império asiático português foi pouco tratada pela historiografia, apesar da presença pioneira dos frades da Ordem de São Francisco na Índia. A primeira Custódia franciscana foi estabelecida na Índia 1517 e sua sede foi o Convento de São Francisco de Goa. Além da atividade missionária e da administração de paróquias do Padroado Português, os franciscanos atuaram na administração do Arcebispado de Goa: o primeiro bispo (João de Albuquerque) e o primeiro arcebispo (Gaspar de Leão) foram membros da Ordem de São Francisco e grandes condutores de reformas espirituais nos domínios portugueses. No século XVII, os franciscanos precisaram reagir às críticas realizadas pelo clero secular (especialmente pelos clérigos nativos) e pelas ordens religiosas “rivais”, que acusavam os frades da Ordem de São Francisco de apenas enterrarem defuntos, de ignorarem as línguas locais e serem ineptos na obra da conversão ao catolicismo. Um dos veementes críticos foi o bispo nativo e representante dos interesses da Propaganda Fide, Mateus de Castro, que incitou o afastamento dos franciscanos da administração das paróquias e sua substituição por clérigos naturais da Índia.
  • Camila Corrêa e Silva de Freitas
    João de Almeida, Santo Varão na Província do Brasil: uma análise política e cultural da escrita do jesuíta Simão de Vasconcelos (1596-1671)
    Impressa em 1658, em Lisboa, a obra “Vida do Padre João de Almeida da Companhia de Jesu, na província do Brasil” apresenta-se como uma espécie de biografia, de caráter hagiográfico, na qual seu autor defende com veemência a causa dos milagres do padre e propõe sua beatificação. A autoria cabe ao jesuíta Simão de Vasconcelos, então padre provincial dos inacianos na Província do Brasil. Para além de uma análise da escrita retórica e laudatória de Vasconcelos, o presente trabalho pretende analisar algumas circunstâncias políticas e culturais mais amplas que perpassam a produção da mencionada obra. Um exame mais detido de elementos como a dedicatória a Salvador Correia de Sá e Benevides, eminente figura na empresa colonizadora ultramarina portuguesa, especialmente durante a conjuntura restauracionista (1640-1668), e suas relações com o colégio da Companhia no Rio de Janeiro, do qual Simão de Vasconcelos foi reitor entre 1646 e 1654, pode nos indicar dinâmicas políticas relevantes para uma compreensão da atuação dos jesuítas na América Portuguesa seiscentista, presente também em obras que buscam fazer reconhecer a beatitude dos varões inacianos do Brasil.

05/08 - Terça-feira - Tarde (14h às 16h)
  • Margareth Pereira Lima
    A Educação do Príncipe Cristão na Literatura Especular do Antigo Regime Ibérico: uma análise da obra de Francisco de Monçon.
    A temática da boa e correta educação que deve ter o Príncipe ocupou um espaço significativo no pensamento político europeu dos séculos XVI e XVII, principalmente na Península Ibérica. Neste cenário, marcado pelas inúmeras relações entre o pensamento político e a religião, concebeu-se o ideal de Perfeito Príncipe Cristão - ponto central é o estudo dos chamados "Espelhos de Príncipe", em especial a obra do teólogo português Francisco de Monçon, intitulada "Libro Primero del Espejo del Principe Christiano", que teve uma primeira edição em 1544 e outra em 1571. Nosso trabalho visa explorar algumas dimensões dessa obra no processo de construção da imagem do Príncipe Perfeito.

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  • Ricardo de Oliveira
    As Virtudes do Melhor Amigo. A construção do ideal de perfeito privado cristão na Espanha do século XVII
    A controversa personagem do privado, também conhecido como valido ou favorito régio, foi motivo de inúmeras polêmicas durante o século XVII no âmbito do pensamento político surgido na Península Ibérica, particularmente na Monarquia Hispânica. No contexto dos Reinados de Felipe III e Felipe IV, época em que as fuguras de Francisco Gómez de Sandoval Rojas y Borja (Tordesillas, 1553 - Valladolid, 1625), Duque de Lerma desde 1599, e Dom Gaspar de Guzman (Roma, 6 de Janeiro de 1587 - Toro, 22 de Julho de 1645), Conde-Duque de Olivares, foram centrais. Diversos autores debruçaram-se sobre o tema para atacar a figura do favorito, mas inúmeros outros defenderam a sua legitimidade como devotados amigos do rei a ajudá-lo na condução dos negócios do Reino e do Império. Esta comunicação pretende interrogar o sentido dessas construções positivas sobre a privança e seu produto mais sofisticado que foi a idéia de perfeito privado cristão - modelo de conduta para o exercício do valimento no pensamento político espanhol do século XVII.
  • Daniel Pimenta Oliveira de Carvalho
    A disputa pela particular assistência do braço divino: os argumentos religiosos no discurso do Mercurio Portuguez
    O Mercurio Portuguez, publicação mensal escrita por Antonio de Sousa de Macedo, secretário de Estado no reinado de D. Afonso VI em Portugal, impressa entre 1663 e 1666, voltava-se para a divulgação das novas do reino. Buscando interferir na opinião que circulava no reino, um elemento importante da argumentação do periódico em defesa do governo era demonstrar como ele granjeava o crédito de Deus, conseguindo o seu apoio na guerra contra o inimigo castelhano. Às batalhas campais, portanto, soma-se na narrativa do Mercurio uma disputa pela assistência do braço divino, e Macedo busca comprovar também aí a vitória portuguesa. Nesta época em que se situa a sua publicação, não se pode jamais esquecer a importância dos argumentos religiosos na construção e impacto de quaisquer discursos, até nos de intenção política tão marcada quanto o é o deste periódico. Neste sentido, vários dos seus textos podem demonstrar como os símbolos religiosos são ali trabalhados no sentido da afirmação do apoio divino ao exército e ao governo português. Por outro lado, os mesmos exemplos deixam entrever uma questão que atua como pano de fundo na constituição deste discurso: o não reconhecimento pelo Vaticano do trono português, e a ausência há mais de duas décadas da confirmação de novos bispos portugueses.
  • Gustavo Kelly de Almeida
    Um quase rei em apuros. Política e religião em torno de D. Duarte de Bragança na Restauração de Portugal (1634-1649)
    D. Duarte de Bragança nasceu em Vila Viçosa em 1605. Seu irmão, D. João II, em 1640, tornaria-se o novo rei de Portugal (D. João IV), na chamada Restauração portuguesa. Ainda em 1634, o infante, valoroso nas armas, fora lutar na Guerra dos Trinta Anos (1618-1648) ao lado do imperador do Sacro Império. Em 1638, em visita a Portugal, ele seria sondado, diante da bastante veiculada indecisão de seu irmão, a retomar o trono português das mãos dos Filipes de Espanha. Tendo se esquivado da proposta, voltaria em seguida ao Sacro Império e sem o saber nunca mais regressaria a sua terra natal: em fevereiro de 1641, no contexto da Guerra de Restauração (1640-1668), o imperador do Sacro Império o prenderia a mando de Filipe IV de Castela. Símbolo da vilania castelhana e exemplo de herói português, a figura deste varão e seu destino (ele veio a falecer na prisão da cidade de Milão em 1649) constituíram um dos pilares da propaganda restauracionista na causa contra Castela. Este trabalho visa não apenas explorar a produção “propagandística” da coroa portuguesa em tempos de restauração do trono, bem como aventurar-se a uma contribuição à relação entre a sacralidade da monarquia portuguesa e a crescente secularização do Estado português nos seiscentos.
  • Leonardo Soares Barbosa
    Padre Vieira e suas ações políticas no reino português aliadas ao seu profetismo
    Este trabalho terá por base a obra História do Futuro do padre Antônio Vieira, que venho estudando desde a graduação, com o intuito de mostrar que a partir das intenções proféticas do jesuíta, é também possível entender suas ações políticas em um contexto mais geral de sua vida.
    Este livro trata do papel central que Portugal teria sobre o futuro "Quinto Império" do mundo, que seria o de Cristo na terra que se estabeleceria no ano apocalíptico de 1666. Seria um reino de mil anos tanto no âmbito espiritual quanto no temporal, anunciando a chegada do anticristo cuja atuação precederia ao Juízo Final. O governo não seria exercido diretamente por Cristo, porém, pelo papa de Roma e pelo rei de Portugal (seus dois vigários).
    A partir de 1641, Vieira se torna amigo e confidente de D. João IV, faz viagens diplomáticas para alguns países europeus e traz consigo visões inovadoras para a corte portuguesa, a fim de que Portugal assumisse a hegemonia frente aos outros países, o que reflete o seu projeto ambicioso de se tornar um grande exegeta, reconhecido por anunciar o futuro glorioso português que estava por vir, além de participar diretamente para que tal fato ocorresse, influenciando o próprio rei em tomada de decisões que estivessem de acordo com seus objetivos.

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06/08 - Quarta-feira - Manhã (10h às 12h)
  • Tatiane Amorim Vasconcelos
    A dinâmica dos altos poderes na Capitania do Maranhão (1655-1730)
    O referido trabalho tem como objetivo analisar os conflitos de jurisdição existentes na capitania do Maranhão na virada do século XVII para o XVIII, atentando para a possível formação de uma rede de reciprocidade de interesses dentro e fora dos limites da capitania. Tal pesquisa ganha uma importância maior na medida em que se torna possível relacionar a realidade das relações estudadas no Maranhão com outras realidades paralelas, como por exemplo, a interação dos conflitos de interesses na jurisdição maranhense com àqueles da capitania de Pernambuco. A partir dessas associações e cruzamentos de informações entre as capitanias, nosso projeto busca formular um quadro teórico mais próximo da realidade jurisdicional deste período na América Portuguesa. O trabalho aqui brevemente apresentado consiste em apontamentos preliminares provenientes da pesquisa “Nas Malhas da Governação. Administração capitanial e governo-geral no Estado do Brasil, 1677-1735” sob a orientação da Profª Dra. Maria de Fátima S. Gouvêa, financiado por bolsa de I.C. da UFF.
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  • Letícia dos Santos Ferreira
    AMOR, SACRIFÍCIO E LEALDADE O dote para o casamento de Catarina de Bragança e para a paz de Holanda. (Bahia, 1661-1725)
    A comunicação a ser apresentada abordará questões presentes em meu projeto de mestrado que venho desenvolvendo junto ao programa de pós-graduação da Universidade Federal Fluminense que tem por objeto de estudo o donativo cobrado pelo casamento da infanta Catarina de Bragança com Carlos II de Inglaterra e pela paz de Holanda entre 1661 e 1725, na capitania da Bahia. Neste trabalho buscar-se-á perceber, através da tributação e das negociações em torno dela, a relação entre o reino e o ultramar americano. Para tanto, entende-se que o donativo insere a presença régia no universo colonial, permitindo aos vassalos ultramarinos participarem da política, aproximando-os da figura do rei. Desta forma, procuraremos identificar espaços de negociação entre as regras e as práticas administrativas destacando o papel central da câmara da Bahia enquanto cabeça deste Estado, mostrando a importância do fisco mas também evidenciando como questões referentes a tributação não estavam desvinculadas de aspectos simbólicos referentes à monarquia. Estas inseriam-se em um sistema de trocas simbólicas e concretas. Também serão destacadas a importância das relações internacionais na conjuntura da Restauração portuguesa e a relevância do ultramar nesse cenário.
  • Thiago Nascimento Krause
    Em Busca da Honra: os pedidos de hábitos de Cristo na Bahia e Pernambuco, 1644-1676
    Em 1640, a Restauração demandou uma recriação dos laços de vassalagem entre a monarquia e seus súditos, com a ascensão da dinastia dos Bragança. A economia de mercê exerceu então um papel crucial, inserida em uma sociedade com características estamentais, fundada numa dinâmica centralizadora baseada na ideologia do serviço/recompensa. Servir a Coroa tornou-se um modo de vida e estratégia de ascensão social para certos grupos sociais.
    Os hábitos das Ordens Militares, especialmente da Ordem de Cristo, representaram grande parte das mercês régias, devido a sua importância social e aos privilégios que acarretava. Ainda no estágio inicial, esta pesquisa versa sobre a requisição dos hábitos na Bahia e Pernambuco durante a “conjuntura crítica” da Restauração portuguesa, utilizando a documentação disponível no Projeto Resgate Barão do Rio Branco referente a Bahia e Pernambuco, especialmente requerimentos e consultas de mercês. Os objetivos foram a definição do perfil social dos suplicantes, a importância dos hábitos para eles, os serviços que oferecem à Coroa e a apreciação do Conselho Ultramarino sobre estes mesmos serviços. Desta maneira, tento contribuir para o entendimento da economia de mercê e da estruturação das elites coloniais, em perspectiva comparada.

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  • Rejane da Conceição Meirelles
    Frágeis damas e mulheres fortes: a representação feminina na Restauração de Portugal (1640-1668)
    Durante a guerra pela Restauração do reino português, muitos informativos ligeiros que narravam os feitos bélicos circularam por Portugal. Parte desses informativos ficou conhecida por relações de guerra. Estes textos foram publicados no período compreendido entre 1641 e 1665. Contudo foi no início da guerra contra Castela (1641-1644) que as ações das mulheres da cidade foram relatadas. Há nas relações de guerra uma forte preocupação por parte de seus autores em expressar a galhardia e a determinação de todo o povo português, incluindo as mulheres, na luta pela Restauração. Percebe-se facilmente, na leitura das relações, que as mulheres portuguesas não são passivas nem fracas; ao contrário, são retratadas exercendo um papel importante e ativo nos campos de batalha onde mulheres destemidas, dotadas de consciência do dever patriótico e da coragem comumente conferida aos homens são detectadas a todo instante. Enfim, resulta-nos uma visão enriquecedora e nova da mulher do século XVII, bem diferente daquela imagem forjada no século XIX: a de uma mulher portuguesa frágil, passiva e desprotegida durante a restauração de Portugal.
  • João André de Araújo Faria
    O Monumento Eterno da Restauração de Portugal (1640-1668): A “aclamação” da Virgem de Imaculada Conceição como Padroeira de Portugal
    Entrando D.João de Bragança em Lisboa alguns dias após o 1° de Dezembro de 1640, dia que marcara a deposição de Filipe III do trono de Portugal, assistiu o novo monarca missa na Capela Real. Em sermão dedicado a Restauração do Reino e ao dia da Virgem da Imaculada Conceição (08 de Dezembro), padre João de S.Bernardino lembrou aos presentes a grande devoção da Casa de Bragança a Virgem Maria, além de se dedicar a traçar associações da Restauração de Portugal a vontade dos Céus. O padre instava D.João a erguer solene e “monumento eterno” ao patrocínio da Virgem Maria a Restauração de Portugal, que se caracterizaria em 1646, sob a forma de aclamação da Virgem de Imaculada Conceição como Padroeira de Portugal e do seu Império ultramarino. A grande guerra de propaganda promovida pela Casa de Bragança e seus partidários contra Castela utilizará incessantemente a devoção e intervenção da Virgem no destino de Portugal restaurado, onde, para exposição deste trabalho, enfatizaremos as representações assumidas pelo discurso político-religioso do culto a Virgem pela Casa de Bragança, ao analisarmos os sermões, os discursos e o conteúdo do juramento de defesa do mistério da Imaculada Concepção, proclamado por D.João IV na Capela dos Paços da Ribeira em 25 de março de 1646.
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06/08 - Quarta-feira - Tarde (14h às 16h)
  • Glaydson Gonçalves Matta
    Homens de Santo Eloy em tempo de mudanças: os ourives e as estratégias corporativas na Lisboa do século XVIII
    Os estudos sobre o mundo do trabalho na época moderna vêm ressaltando a força das corporações de ofícios na construção de uma complexa rede de regularização sobre a venda de produtos, a aprendizagem e as obrigações religiosas e políticas nos espaços citadinos. Na Lisboa setecentista, as corporações vêem seus monopólios ameaçados pela intervenção direta do Estado na economia dos ofícios.
    Durante o governo pombalino há um enquadramento institucional mais sólido dos ofícios mecânicos, com a renovação de projetos de estabelecimento de oficinas e manufaturas e a criação de estruturas de supervisão, como a Real Junta de Comércio. Em Lisboa, esta vem juntar-se à Câmara, à Casa dos 24 e às corporações no intento de regular o mundo do trabalho, atingindo o funcionamento das oficinas, marcadas pela rotina e pela tradição.
    Este estudo vem pensar as estratégias dos oficiais mecânicos na manutenção de seus interesses corporativos, ante as transformações observadas no século XVIII. Destacando os ourives como grupo privilegiado na análise, busca-se a compreender a pressão conservadora do sistema gremial em meio às novas relações de trabalho, cotejando as tensões sociais e as alterações nas disposições regimentais que balizam o funcionamento da corporação dos devotos de Santo Eloy.

  • Gabriel Aladrén
    Sob os signos da cor: hierarquias raciais na crise do Antigo Regime (Rio Grande do Sul, fins do XVIII - princípios do XIX)
    O objetivo deste trabalho é identificar e problematizar as designações de cor dos alforriados no Rio Grande do Sul, entre fins do século XVIII e princípios do XIX. Para tanto, foram utilizadas cartas de alforria, mapas de população e processos criminais. Pretendi observar o processo de transformação das hierarquias raciais durante a crise do Antigo Regime e a independência do Brasil, bem como as modificações na percepção dos atores sociais (sobretudo libertos e homens livres) acerca das designações de cor e seus sentidos. Entre as principais conclusões, destacam-se o caráter situacional dos significados dos designativos de cor e a mudança na percepção cotidiana das hierarquias raciais a partir da definição dos direitos de cidadania com a Constituição de 1824.
  • Gilberto Antonio Junior
    As resistências ao pagamento dos quintos do ouro, (Minas gerais, 1733-1737).
    O trabalho de pesquisa apresentado aqui sobre, as “Resistências ao pagamento dos Quintos do ouro, (MG, 1733-1737)” tem o intuito de contribuir, sem grandes pretensões, para a história político-social, onde de acordo com o material pesquisado, foi encontrada pouca bibliografia especifica sobre o assunto em questão. Um breve diálogo historiográfico, em busca da administração e resistências, seguido de uma contextualização em princípios do séc. XVIII, tratando das motivações para as resistências seguidas de análise destas resistências no viver nas Minas Gerais, é o que esquematiza o trabalho. Logo, contribuir para somar com historiografia colonial mineira, que trata das manifestações, tensões, entre a coroa e seus súditos, bem como trazer para discussão os condicionamentos para estes acontecimentos e para o exercício do Bom Governo. Assim pensar a história do Brasil, colonial, no tocante a atuação administrativa, concentrando-se na ação fiscal, e sua interatividade com os súditos, visto que o número destes colonos aumentava grandemente na região das Minas Gerais, particularmente o território chamado Sertões, próximo ao Rio São Francisco, é palco preterido para o estudo tensões da dinâmica imperial portuguesa na tentativa de centralização da totalidade do seu Império.
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  • Yllan de Mattos
    Dom Luís da Cunha e a reforma da Inquisição: remédio da alma ou remédio do Estado?
    Ao longo do discurso de dom Luís da Cunha ecoa como tema primordial a Inquisição. Esse é, segundo o seu arguto entendimento, o maior dos problemas de Portugal. Porém, o embaixador não oculta sua simpatia pelo Tribunal: não quer o seu fim, mas a reforma de seus estilos; quer manter a estrutura, mas retirar do rol de réus os cristão-novos; não põe em xeque a religião, mas enfatiza o poder real em seu reino. Enfim, seu objetivo é político e econômico: fortalecer o Estado e desenvolver a economia. Contudo, para alcançar seus objetivos, precisa confrontar constructos teórico-culturais há muito arraigados na mentalidade arcaizante de Portugal. Assim, esta comunicação tem por objetivo analisar as transformações do Santo Ofício propostas por dom Luís da Cunha nas Instruções e no Testamento político.
  • Luciana Viana Ferreira
    “A Escandalosa imaginação de alienar por mercê a Real Coroa”: A Remuneração de serviços do potentado Inácio Correia Pamplona
    Esta comunicação tem com objetivo avaliar a remuneração dos serviços prestados por Inácio Correia Pamplona, nos sertões oeste da Capitania Mineira. O mestre de campo realizou inúmeras expedições de reconhecimento das terras sertanejas dos anos de 1764 a 1790 – relatórios/mapeamentos cartográficos e populacionais da região, ataque a quilombos, descimento de índios, construção de Igrejas, capelas, benfeitorias da Casa de Câmara de Tamanduá – às custas de sua própria fazenda. No limiar do oitocentos, o potentado peticiona ao rei uma série de benesses pelos serviços prestados. Hábitos de Cavaleiro da ordem de Cristo, tenças para os filhos, ofício de escrivão de órfãos da cidade de Mariana para suas filhas, cartas de sesmarias e privilégios para os seus compadres. Contudo, a Coroa não aceitou seus pedidos; julgou que nem os “heróis que honram a nação, nem o grande João Fernandes Vieira que expulsou os holandeses do Brasil, podiam ter a escandalosa imaginação de alienar por mercê da Real Coroa, os Dízimos, subsídios literários e passagens”. Argumentavam que os serviços do suplicante não foram à custa de “enfrentamento e mortes”, mas “sedentários e tranqüilos”. Neste sentido, avaliaremos o ato de concessão de mercês no Império Lusitano enfocando a trajetória deste potentado local.

07/08 - Quinta-feira - Manhã (10h às 12h)
  • Luiz Carlos Soares
    Comercialização do Lazer e Ampliação dos Espaços Públicos de Diversão: Uma Outra Dimensão da Ilustração Inglesa.
    O desenvolvimento de uma sociedade mercantil na Inglaterra, sobretudo durante o século XVIII, propiciou a integração de novos setores sociais ao consumo de bens, anteriormente restritos aos setores mais aristocráticos e à grande burguesia comercial. Genericamente denominados de “classes médias”, estes setores emergentes (formados por industriais, comerciantes, banqueiros, profissionais liberais, oficiais militares, funcionários públicos, clérigos, etc.) determinaram o estabelecimento de um novo padrão de consumo e produção não apenas em relação aos bens materiais, como também em relação à cultura, às ciências, às artes e ao entretenimento.
    Com este amplo alargamento do mercado, a divulgação e o consumo da cultura, das ciências e das artes extrapolaram o espaço da corte ou das propriedades aristocráticas e passaram a atingir um grande público nos espaços dos museus, das galerias de arte, dos teatros, das salas de concerto, das livrarias, dos clubes e das associações filosóficas, científicas e literárias. Eram estas as características básicas de um processo de comercialização do lazer e emergência de espaços públicos de diversão e aquisição de cultura em uma sociedade com novos atores sociais que se pretendiam “ilustrados” e “polidos”.

  • Luciano Braz Neri
    Domingos Vandelli, judeus e Portugal: A visão de um iluminista do final do séc. XVIII sobre os judeus expulsos da Península Ibérica
    A pesquisa teve como objetivo analisar uma pequena parte do pensamento de Domingos Vandelli, historiador naturalista italiano e professor convidado pelo Marquês de Pombal para lecionar na Universidade de Coimbra, no final do século XVIII.
    Vandelli acreditava na competência de Portugal e que este se tornaria uma potência. Por isso escreveu várias memórias analisando políticas e estratégias econômicas das mais diversas, onde há uma um raciocínio fortemente influenciado pelos iluministas. No estudo apresentado fora analisado a “Memória sobre os Judeus” de Domingos Vandelli, documento o qual conclui que a melhor solução e oportunidade para acontecer o engrandecimento de Portugal era no “presente momento”, 1796, aproveitando as situações caóticas em Holanda e Polônia e recebendo novamente os judeus que tinham sido expulsos de Portugal tendo em troca empréstimos à Coroa Portuguesa.
    O documento “Memória sobre os Judeus” é uma cópia do original, obtido através do Arquivo Nacional. Desta forma, a leitura do documento fora feita com técnicas paleográficas, por se tratar de um documento manuscrito e não publicado.

  • Nelma Garcia de Medeiros
    A contribuição do espinosismo à discussão setecentista sobre a forma e o gosto
    Desde o Renascimento diversas tradições de saber buscaram ferramentas conceituais que exploraram analogias e homologias como chave de entendimento das coisas (em sua forma, estrutura e funcionalidade), aspirando a uma Clavis Universalis, isto é, uma chave universal de apreensão da trama da realidade, para além das diferenças dos fenômenos. Um dos representantes dessa tradição é a idéia espinosista de indivíduo que, contra-intuitivamente, foi concebida como forma ou sistema complexo funcional e dinâmico, resultante do poder de afetação das coisas, isto é, do poder de produção e transformação da Natureza (= substância, na terminologia espinosista). As formas são concebidas, portanto, em perspectiva monista, como expressões de uma única e mesma substância, em um arranjo conceitual que passou ao largo das discussões clássicas (cartesianas) acerca das oposições razão x paixão, sujeito x objeto, coisa pensante x coisa extensa. O objetivo dessa comunicação é apresentar os delineamentos dessa perspectiva “morfológica” do conhecimento, segundo o espinosismo, buscando articulá-la às discussões setecentistas acerca da natureza do fenômeno estético (porque sensível) e o conhecimento daí resultante, concebido como imaginação, sensibilidade, gosto, expressão afetiva e gozo (estético ou não).
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  • Daniel Wanderson Ferreira
    Um passo atrás: Sade, Ilustração e modernidade
    Contrariando uma tendência de ler os textos do Marquês de Sade em relação à emergência da modernidade, buscamos percebê-los em relação aos conflitos literários franceses postos no século XVI. Assim, diferentemente da cultura subjetivista do Iluminismo, Sade nos parece informado por gêneros literários mais próximos das percepções cosmológicas de mundo.
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07/08 - Quinta-feira - Tarde (14h às 16h)
  • Rossana Agostinho Nunes
    Confissão, racionalismo e sedição: a suplica humilde da obra Medicina Theologica
    Era dia 20 de Novembro de 1794 quando, em Portugal, saiu à venda, com a permissão da Real Mesa de Comissão Geral, a obra anônima Medicina Theologica ou Supplica Humilde. À leitura do livro seguiu-se algumas queixas que chegaram ao Trono: clamavam que a obra era perigosa. Diante da confusão coube à Diogo Ignácio de Pina Manique, Intendente de Polícia de Lisboa, proceder a uma investigação para descobrir o nome do autor do sedicioso livro. A obra, ao incidir sobre o sacramento da confissão e tentar criticar e modificar antigas práticas, métodos e pensamentos predominantes na religião católica através da apropriação de uma linguagem médico-científica corrente à época na Europa, demonstra a existência de uma tensão entre duas formas distintas de encarar a realidade. Desse modo, o objetivo do trabalho será, por um lado, compreender a tensão entre o pensamento religioso e o pensamento científico-racional que perpassa a obra e, por outro, apresentar apontamentos sobre a trajetória de seu autor, o médico luso-brasileiro Francisco de Mello Franco, que era marcada pela censura e pela repressão oficial, mas também pela conquista de graças e de reconhecimento, levantando questões que ajudam a problematizar alguns dos aspectos do processo das Luzes luso-brasileiras.
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  • Daniela Buono Calainho
    Drogas e farmacopéia no mundo luso-brasileiro
    O objetivo desta comunicação é
    analisar alguns aspectos da medicina luso-brasileira
    no século XVIII a partir da trajetória de vida de um
    mercador de drogas e medicamentos, João Vigier,
    francês de origem, que se estabeleceu em Portugal em
    inícios do setecentos. Amealhando grande fortuna,
    este comerciante criou fortes contatos com
    boticários e outros comerciantes no Brasil, e ainda
    escreveu um compêndio, a Farmacopéia Ulissiponense,
    publicada em 1711, a partir da qual podemos observar
    o uso de vários fármacos em Portugal e no ultramar.

  • Lorelai Brilhante Kury
    O Rio de Janeiro no final do século XVIII: o que diziam os médicos
    Alguns médicos e homens de ciência portugueses e luso-americanos refletiram sobre as condições de vida e de salubridade do Rio de Janeiro no final do século XVIII. Cercada por morros, situada entre trópicos, úmida e repleta de escravos; o diagnóstico muitas vezes era pouco favorável ao estabelecimento duradouro de europeus na cidade. A condenação do clima brasileiro foi, entretanto, combatida por aqueles que pretendiam efetivamente encontrar condições propícias para a aclimatação de europeus no Brasil. Para estes, a reordenação dos espaços públicos, o aterramento de zonas alagadiças, o arrasamento de morros e o policiamento dos costumes poderiam sanar os problemas existentes, e transformar as cidades luso-americanas e a Corte em lugares tão salubres quanto as grandes cidades européias. O Iluminismo luso-americano teve como uma de suas características a complexificação da reflexão dos homens de ciência sobre as cidades.
  • Paulo César dos Reis
    Saberes e cultura no Rio de Janeiro pombalino: os homens, os saberes e a sociedade
    O presente trabalho busca analisar os diferentes processos de viabilização de um projeto ilustrado de Estado no Império português através de ações nos diversos campos dos saberes eruditos, que se revelam na cidade do Rio de Janeiro a partir das ações transformadoras do Marquês de Lavradio (1769-1779). Os saberes técno-científicos são colocados como ponta de lança deste projeto de modernização ilustrada do Estado português, assim os estudiosos, os governantes e os espaços de fomento destes saberes são nosos objetos de análise neste trabalho.
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