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Simpósios Temáticos


Imagens da Sociedade: história e cultura visual

Coordenadores:
Claudia de Oliveira
Paulo Knauss

Resumo:
Imagens da Sociedade: história e cultura visual


Imagens da Sociedade: história e cultura visual explora a relação entre a
história e a cultura visual, partindo da premissa que o mundo da visualidade é uma força construtora de sentidos históricos. Assim, compreendemos que as imagens criadas por uma dada época estão profundamente enraizadas em seu contexto histórico que é campo dinâmico, heterogêneo e em
constante mudança, capaz de apontar para escolhas seleções e olhares,
expressos em linguagens particulares, tecnologias e modelos específicos de
produção, distribuição e consumo. Tomando a arte erudita e popular, o
jornalismo gráfico e o ilustrado, a fotografia e a cinematografia, o
urbanismo e a arquitetura, o ST propõe refletir sobre a produção de
alegorias, símbolos e representações da sociedade brasileira criadas, a partir do
Segundo o Reinado.

Programação:

04/08 - Segunda-feira - Tarde (14h às 16h)
  • Joice Soltosky Cunha
    A coleção de fotografias do Núcleo de Orientação e Pesquisa Histórica de Santa Cruz - RJ (NOPH), como elemento para (re)construção de identidade cultural local.
    Resumo: Analisa a coleção de fotografias do Núcleo de Orientação e Pesquisa Histórica de Santa Cruz (NOPH) – Rio de Janeiro, como sistema de representação simbólico e elemento para a (re)construção de identidade cultural local. Analisa os elementos de significação da identidade cultural do bairro. Reflete sobre o seu valor simbólico e de produção de sentido, considerando, também, o seu caráter de registro de uma memória coletiva, de reflexo de investimento em uma identidade, bem como da possibilidade dela se configurar como quadro de referência para identificação de grupos.
    Palavras-chave: Coleção fotográfica. Memória social. Identidade cultural.




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  • Denise Gonçalves
    Imagens da cidade: conflitos e discontinuidades na representação do espaço urbano
    A abordagem contemporânea da cidade tem privilegiado a dimensão visual em suas relações com a identidade e o imaginário. O problema da imagem da cidade, no entanto, não é novo, tornando-se evidente principalmente a partir do Renascimento quando a nova concepção de um espaço geométrico e perspectivo, substrato da produção moderna, revela os aspectos simbólicos e as ambigüidades que caracterizam os conflitos entre realidade e representação espacial. Estes conflitos se traduzem, por exemplo, na quase ausência de representações do espaço urbano dentro da tratadística de arquitetura, enquanto que imagens de paisagens urbanas são recorrentes na pintura e na gravura. Os limites e dificuldades da representação de um espaço de tridimensionalidade complexa e que exige, para sua percepção, pontos de vista múltiplos, talvez tenha inibido sua abordagem como arte do disegno por arquitetos e teóricos. As ambigüidades se acentuam no século XVIII com o desenvolvimento de um pensamento científico sobre a cidade baseado em conceitos por si só contraditórios – racionalidade técnica e subjetividade da perceção –; a representação do espaço urbano moderno constitui assim um importante instrumento para o estudo das discontinuidades que envolvem os significados da imagem.
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  • Rafael Lima Alves de Souza
    Imagens do Rio de Janeiro: capital e cidade (1940-60)
    A cidade do Rio de Janeiro foi objeto de várias intervenções e reformas em sua malha urbana, implementadas, sobretudo, nos primeiros anos do século XX, sob a República Velha. O projeto republicano tinha como um de seus pilares a modernização da imagem do Brasil através da remodelação de sua capital, promovendo mudanças espaciais que apagassem de sua memória o passado de cidade colonial. A Avenida Central (1906) constituiria um verdadeiro monumento ao desejo brasileiro de entrar definitivamente na modernidade européia, tornando-se, enfim, uma nação civilizada. O Rio de Janeiro tornava-se a vitrine da nação. Aproximadamente quarenta anos depois, sob o Estado Novo, a cidade do Rio passou por um período de intervenções urbanas comparável ao da Primeira Republica. O prefeito Henrique Dodsworth reivindicava a complementaridade daquele primeiro conjunto de obras. O marco visual desse novo período, que projetava a monumentalidade do país o poder do Estado, seria a construção da Avenida Presidente Vargas (1944). Partindo do princípio de que a cidade é historicidade e que o Rio de Janeiro constituiu um lócus privilegiado para a projeção de imagens do Brasil, a pesquisa pretende refletir sobre os significados dessas intervenções, geradoras de imagens, para a cidade do Rio de Janeiro.
  • Sainy Coelho Borges Veloso
    A visibilidade dos sem-teto no Plano Piloto de Brasília - 2000 a 2007
    Investigo as identidades dos sem-teto no Plano Piloto de Brasília a partir de sua cultura material e dimensão simbólica de seus artefatos; suas migrações, percursos, fazeres e práticas visuais enquanto estratégias em busca de visibilidades; seus espaços de jogo, ironia e estranhamento na cidade como táticas de habitar. Os discursos visuais dos sem-teto constroem espaços de autonomia, identidade e criatividade, os quais provocam afecções sociais causadas pela tensão das forças, formas e signos que alteram produções e atuações na capital do país.

    Palavras-chave: sem-teto, visibilidade,visualidade.

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  • Pedro Campeão Ferreira
    Imagem da resistência: A construção social da identidade através da imagem do MST.
    A construção social da identidade do MST é, hoje, um ponto de conflito entre os idealizadores de um projeto de resistência pró-reforma agrária e a identidade produzida pela mídia dirigida à formação de uma opinião pública referente ao movimento. O presente trabalho tem como objetivo analisar, a partir das construções identitárias, como se desenvolvem a produção cultural e a identidade social de resistência e de projeto do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, com base nos conceitos de identidade cultural e processos identitários na sociedade globalizada.
    Tomando como objeto o livro de Sebastião Salgado, Terra, onde o fotógrafo apresenta, em oposição à grande mídia, uma representação estética positiva do movimento, é possível fazer uma comparação das representações simbólicas atribuídas a ele. O livro apresenta um relato visual de forte apelo emotivo, onde a imagem, no caso a fotografia, narra o processo histórico de expropriação do trabalhador do campo no Brasil e permite sua utilização sociológica como fonte documentária, abrindo espaço para a discussão em um campo de estudo da sociologia ainda pouco explorado, o da sociologia e da cultura visual.

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05/08 - Terça-feira - Manhã (10h às 12h)
  • Emerson Alessandro Giumbelli
    A modernidade católica do Cristo Redentor
    O trabalho enfoca certos aspectos da concepção e da concretização do monumento ao Cristo Redentor, inaugurado em 1931, no alto do Corcovado, Rio de Janeiro. Argumenta que o monumento, sem deixar de representar a tentativa de uma restauração ("neo-cristandade"), assinala uma modernidade tanto no campo das devoções religiosas, quanto no campo artístico e tecnológico. Isso permite interpretá-lo como parte de um projeto que disputava os sentidos da modernidade na primeira metade do século XX brasileiro - por meio de um diálogo que traçava pontes com referências estrangeiras, sobretudo francesas. Por isso mesmo, a relaçao do Brasil com a Europa - fonte tanto da cristandade, quanto da laicidade - aparece com um dos temas cruciais dessa disputa.
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  • Elaine de Oliveira Silva
    Tem Boi na Foto: representação estética e cultural nas Festividades de Boi em Campos do Goytacazes
    Campos dos Goytacazes é uma cidade rica em manifestações culturais, fruto de um passado rural aristocrata e por um processo de escravidão ligado a esse passado histórico. Surgida nos folguedos dos escravos e ex-escravos na segunda metade do século XIX, as manifestações do Boi-Pintadinho ( variante local do Bumba-meu-Boi ) é uma dessas expressões culturais que conseguiu adquirir grande importância para o município no momento em que o carnaval de Campos foi categorizado como o terceiro melhor do estado, na década de 1940. Levando em consideração a produção estética espontânea das comunidades que montam seus bois, o presente trabalho procura caracterizar sociologicamente os simbolismos e representações presentes nessas manifestações e sua contextualização com o momento histórico que está sendo vivido pela cidade e por essas comunidades, mostrando como as mesmas se auto-representam e reconhecem esteticamente através do tempo. Essa caracterização será feita principalmente através da análise de fotografias produzidas por pelas mesmas e por outras fontes, como jornais. Ou seja, usará como fonte de pesquisa a produção 'interna' e 'externa', que contribuem por sua vez para a legitimação e caracterização desta festividade.

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  • HENRIQUE SERGIO DE ARAUJO BATISTA
    “Ah, vem comigo visitar dos mortos (...)”. Cultura Visual, em torno da finitude, no Cemitério do Catumbi (RJ).
    Busco, baseado em conceitual e teórico da Cultural Visual interpretar quais os interesses, valores que existiam no erguer de mausoléus que, com sua materialidade e imagem, tornaram a necrópole um dos lugares mais importantes do XIX
    Quando o Cemitério do Catumbi foi inaugurado, em 1850, já existia uma cultura visual em torno da morte e das possibilidades de representá-la. Todavia, o novo espaço favorecia materialidade diferente.
    Os sentidos das imagens são indissociáveis dos sujeitos sociais que as olham.. E tais sentidos apresentam-se diferentes para cada observador pois dependem da capacidade cognitiva de cada um. Como afirmam Sturken e Cartwright, o olhar é uma prática como o falar, o escrever ou o cantar e necessita de um aprendizado para se interpretar e, também envolve relações de poder.
    Como, de toda imagem, os sentidos podem ser recriados a cada olhar, devido a multiplicidade desses sentidos, torna-se necessário o compartilhar de códigos e de convenções. As práticas de olhar não são atos de consumo passível; pois os sentidos são negociados porquanto as associações entre símbolos e códigos não serem imutáveis. Nesse sentido, a complexidade interpretativa estaria vinculada ao que Baxandal intitulou de “estilo cognitivo individual .

  • Paula Vivana de Rezende e Valadares
    A representação visual do frevo: a construção de um símbolo em cem anos de expressão
    O Frevo é a manifestação cultural que mais é explorada como símbolo de identidade pernambucana. Com mais de cem anos de batismo esta manifestação cultural é hoje reconhecida, vivida e explorada pelo povo, pela elite, pela indústria, pelos meios de comunicação e pelo Estado. O frevo possui uma expressão visual muito forte para o povo pernambucano, sendo a sombrinha o seu maior símbolo de representação. Mas como se construiu este ícone representacional? Dentro do processo de transformação do Frevo ao longo do tempo é possível identificar quatro fases nas quais se desenvolvem os suportes para sua expressão visual: a fase de origem, a fase de divulgação em produtos da indústria cultural, a fase do processo de espetacularização e a fase final na qual o Frevo é tido como símbolo maior da cultura pernambucana. Este artigo objetiva tratar da expressão visual que representou o frevo ao longos dos últimos cem anos.
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  • Ana Beatriz Fernandes Cerbino
    Os programas do Ballet da Juventude: imagens impressas da dança
    Os programas das companhias de dança são, mais do que a explicação de um espetáculo ou de uma temporada, suas marcas impressas. Usados para apresentar ao espectador coreografias, ficha técnica e artística, os programas podem ser percebidos como a expressão da identidade da companhia. Ao mesmo tempo são objetos impressos que também atuam nessa elaboração. Ocorre, assim, uma construção de sentido tanto pela companhia quanto pela platéia que a assiste. É preciso ressaltar que a produção dessas peças gráficas, nas quais podem ou não ser encontradas fotos ou imagens, se dá de acordo com o contexto histórico em que são criados. Nesse sentido, observar aqueles produzidos para o Ballet da Juventude ao longo dos dez de sua existência, de 1945 a 1956, é perceber as mudanças pelas quais o grupo passou, suas diferentes fases e objetivos de seus diretores. Não se trata, porém, de narrar essa história por meio dos programas, mas de entendê-los como uma linguagem própria nos quais são encontrados elementos que designam uma temporalidade e espacialidade, com seus respectivos olhares e escolhas.
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05/08 - Terça-feira - Tarde (14h às 16h)
  • Estevam Souza do Plado
    A identidade cultural expressa através da imagem e da cultura material
    De acordo com as hipóteses (Arqueólogo Wagner Bornal) os fragmentos de cerâmica, encontrados no Sítio Arqueológico São Francisco localizado em São Sebastião-SP, foram produzidas por escravos da região, a qual foi grande referência na produção de utilitários de cerâmica no momento da existência da fazenda de produção de açúcar, atual sítio arqueológico. Portanto a análise desses artefatos, possuidores de imagens, tornou-se de extrema importância para a aquisição de informações referentes às bases estruturais da cultura regional e brasileira. Assim as hipóteses foram formuladas com base na possibilidade das representações plásticas encontradas se referirem à identidade cultural, pelo fato de muitas serem semelhantes à escarificações que tinham como um dos significados a identidade étnica em tribos africanas. Mas também podem ter relação com fenômenos e elementos naturais que se transformaram em representações mentais, que podem expressar afetividades, sentimentos, resistência e expressão ideológica em geral. Constituindo em alguns casos sistemas lógicos inseridos na cultura material, não somente por meio das imagens, mas também pela simples existência e por suas formas. Tornando-se relevante para formulação de novas questões que se referem à cultura brasileira e sua história.
  • Silvana Louzada
    Fotografia e imprensa - páginas de modernidade na primeira metade do século XX
    A imprensa de massa no Brasil se desenvolve na primeira metade do século XX com os jornais-empresas, a modernização de estilo e a utilização da fotografia.
    Imagem técnica por excelência, a fotografia figura a aceleração temporal. Surge um novo olhar tecnológico mediado pelo aparelho fotográfico e difundido nas páginas dos periódicos.
    A imprensa utiliza a fotografia e outros artefatos tecnológicos aliados a transformações editoriais para assumir um perfil moderno e ampliar o número de leitores, mudando também os modos de produção e o discurso com que se auto-referencia, passando a ser cada vez mais o ícone da modernidade.
    A fotografia é capaz de fornecer uma nova dimensão à concepção temporal e espacial e é decisiva na conformação do novo mundo simbólico mais próximo e visível, onde muda a percepção do “outro” e a dimensão temporal.
    A utilização da fotografia na imprensa é refinada no decorrer das primeiras décadas eclodindo como linguagem madura e autônoma em meados do século passado.
    Este artigo traça um panorama da fotografia nos principais periódicos editados no Rio de Janeiro na primeira metade do século XX buscando entender sua participação no processo modernizante da imprensa e nas transformações do olhar do público.

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  • Aristeu Elisandro Machado Lopes
    Marianne na Corte do Brasil: os periódicos ilustrados fluminenses e as imagens da alegoria feminina da república
    A imprensa ilustrada fluminense do século XIX dedicava uma vertente significativa de suas páginas de humor a satirizar a vida política da Corte, entre eles, a campanha iniciada pelos republicanos após a fundação do Partido Republicano em 1870 não passou despercebida. Entre os periódicos, O Mosquito e A Vida Fluminense apresentavam uma posição mais genérica do que apaixonada em relação a campanha enquanto Semana Illustrada se referiu à ela desprezando-a e valorizando o regime monárquico. Analisar como o ideário republicano foi abordado nestes periódicos é a proposta que será desenvolvida nesta comunicação. O trabalho enfoca os elementos que constituem a simbologia republicana e em especial a alegoria feminina da República – Marianne – difundida a partir da Proclamação da República Francesa em 1792 e que serviu à elaboração das ilustrações dos caricaturistas que aturaram no Brasil. O conjunto das imagens das alegorias veiculadas nesta imprensa é considerado um material valioso à análise das representações de um momento particular da sociedade brasileira no Segundo Reinado. Sobretudo por ele ser composto por imagens que abordavam, quase sempre num tom humorístico, a oposição ao Império propagada pelos republicanos em sua incipiente campanha.
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  • Felipe Frias Mello
    O “Novo homem” nazista: a sexualidade e a disciplina no processo de constituição da imagem e da identidade masculina no Terceiro Reich.
    Neste trabalho, foi selecionado analisar a imagem masculina, mais especificamente a concepção do “novo homem” nazista, presente nos instrumentos propagandísticos visuais do Terceiro Reich (filmes, cartazes e esculturas), tendo como eixo analítico as contribuições de Michel Foucault para o estudo da disciplina e da sexualidade.
    Tais representações masculinas, na arte e na propaganda nazista, não têm uma subjetividade intrínseca. Elas são representações de um símbolo nacional, portadoras de uma identidade e de uma imagem projetada que se apresentavam mais como um ideal a ser “cultivado” pelo alemão médio.
    Precisamente neste ponto é que se torna necessário a aproximação da representação e do discurso nazista à teoria foucautiana de disciplinarização e docilização dos corpos. Esta idéia de cultivo do corpo ideal é permeada, principalmente, pelo regramento da vontade pessoal e das paixões, não pelo simples fato de se obter um corpo belo ou uma vida mais saudável, mas para se ter um corpo que se constituía como um símbolo de devoção à causas maiores, neste caso à Alemanha e ao Führer. Além, é claro, de trazer elementos identitários de auto-reconhecimento do “povo escolhido” perante as “raças degeneradas”.

  • Marize Malta
    Imagens de dentro para o público de fora: decoração (de interiores) como condecoração da nação
    Em setembro de 1906, a revista Renascença dedicou a edição de número 31 para divulgar a Terceira Conferência Internacional Americana, sediada no Rio de Janeiro. Em paralelo ao registro textual das discussões do evento, foram difundidas imagens dos interiores de palácios vinculados à República, originalmente residências particulares: Itamaraty, Catete, Rio Negro e palacete Abrantes. Pretende-se apresentar reflexões acerca da exibição desses salões, que punham a público os interiores, instâncias espaciais do privado, expondo a imagem doméstica como lugar de distinção do poder público, verdadeira condecoração. As imagens da decoração apresentavam-se, assim, como possibilidade de imagens da nação, construindo outros sentidos de público, privado, decoração e nação.
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  • Arthur Gomes Valle
    Repertórios Ornamentais e Identidades no Brasil da Primeira República
    Nas diversas Artes Visuais, o processo de criação de imagens que evocam idéias de identidade coletiva parece seguir, tanto ou mais do que uma lógica alegórica, uma lógica metonímica. Costuma-se eleger, dentro do vasto universo de uma nação, região ou cidade, e na intenção de representar o que este possui de específico, um ou mais de seus detalhes emblemáticos: um tipo humano, um aspecto da paisagem natural, uma espécie de planta ou animal, uma manifestação cultural...

    O caso mais circunscrito da criação de repertórios ornamentais no Brasil não foge a essa regra. De fato, desde o costume imperial de D. Pedro II ornado com papos de tucano, passando pelas experiências pioneiras no campo do design feitas na aurora do século passado, até a verdadeira explosão do estilo Neo-Marajoara nos anos 1920, fragmentos da natureza ou cultura autóctones foram compilados na tentativa de imprimir um caráter local aos mais diversos artefatos, em um impulso paralelo ao de valorização das artes decorativas que conheceu grande desenvolvimento na Primeira República brasileira. Na presente comunicação, através da análise de obras e da literatura sobre o tema, discutiremos alguns desses repertórios ornamentais, com destaque para os esforços de artistas como Theodoro Braga, João Turim e Carlos Hadler.

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06/08 - Quarta-feira - Manhã (10h às 12h)
  • Rafael Santos da Silva
    Camélias e Revista Ilustrada: o movimento abolicionista em litografias de Ângelo Agostini
    Importante periódico do fim do século XIX, a Revista Ilustrada de Angelo Agostini se tornou referência para historiadores que pesquisam a imprensa, mas também àqueles que se voltam às idéias e aos valores de uma época. Há, entre as litografias do cartunista, algumas que podemos indicar como significativas para o estudo da escravidão e do abolicionismo. A presente comunicação procura analisar algumas delas a partir da compreensão de que os abolicionistas desenvolviam campanha oficial e extra-oficial que podem ser identificadas pelas imagens da revista, em especial na simbologia das camélias, que assumia forte crítica à escravidão.
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  • Paulo Roberto de Jesus Menezes
    Sociedade,imagem e biografia na litografia de Sebastião Sisson
    As biografias foram meios importantes para consolidação da idéia de persona exemplar e individuo no Brasil do século XIX. A revista trimestral do IHGB consolidou uma forma de escrita biográfica que tinha na historia magistra vitae sua fonte de inspiração. Outras obras biográficas surgiram no oitocentos sobre a influência deste modelo. No entanto, uma delas destacou-se com o advento da fotografia e da litografia: A Galeria dos brasileiros Ilustres de Sebastião Sisson. Esta associação de imagens e texto ocorre no bojo daquilo que Sthephen Bann denominou de “cultura visual do ocidente”.
    O objetivo da pesquisa é analisar a questão da introdução da imagem na escrita biográfica do oitocentos e seus desdobramentos, focando mais especificamente a obra do litógrafo Sebastião Sisson. O que estava em jogo na edição daquela obra, qual o seu significado sócio-cultural e qual o capital simbólico que ela encerrava e divulgava são as indagações que a comunicação pretende explorar.
    Esse trabalho é fruto de minha pesquisa de mestrado para o PPGHIS da UFRJ, onde pesquiso sobre a escrita biográfica do oitocentos

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  • Camila Dazzi
    Nem só de Caipiras se constitui o Brasil: A tela Tempora Mutantur de Pedro Weingärtner
    Em 1899, é exposta em Porto Alegre, uma tela que causou a admiração de expoentes de renome do Governo Republicano local, como Júlio de Castilhos, chefe do Partido Republicano, e Borges de Medeiros, Presidente do Estado, que se encarregou de adquiri-la para o Palácio do Governo. O tema central da pintura, que girava em torno das façanhas dos imigrantes europeus no sul do Brasil, não poderia se não agradar ao poder político e a uma elite de descendentes de alemães, que empenhados em consolidar as bases simbólicas de uma tradição regional, passavam a incentivar a produção de imagens capazes de narrar as façanhas que colaboraram para a constituição do imaginário do povo gaúcho. A tela tornava-se um exemplo, ao simbolizar uma terra inóspita, domada pelos colonos, derradeira vitória sobre as adversidades aqui encontradas.
    Mas teria sido essa a intenção de Weingärtner ao pintar a tela? Tendo como base documentos e fontes iconográficas, parece-nos que não. Na busca de melhor compreender Tempora Mutantur somos obrigados a interrogá-la em sua individualidade. Quais as intenções do artista? A que movimentos artísticos ele está vinculado? A obra realiza suas promessas? - estas são algumas questões que procuraremos responder no presente trabalho.

  • Rogeria Moreira de Ipanema
    História e imagem imprensa: bases de uma discussão de arte no Império do Brasil
    Discutir a produção artística, a constituição da história da arte no Brasil no século XIX, externa aos quadros da Academia Imperial das Belas Artes, é discutir a arte dentro do campo da gravura, da imagem impressa. Este é um grande universo paralelo ao ensino oficial que floresceu, com qualidade. A esfera privada soube distribuir a gravura, em vários níveis e especificamente no nível da informação e comunicação de imprensa, com a caricatura ela realizou uma produção determinante para os parâmetros da arte no Brazil e principalmente para a construção da ordem autoral da gravura.
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  • Claudia Soares de Azevedo Montalvão
    O Museu Imperial: idealização e popularização da monarquia brasileira
    Esta comunicação objetiva discutir a elaboração da memória histórica do Império Brasileiro, a partir da análise do Museu Imperial. Esta uma instituição pública, pode ser entendida como um espaço privilegiado de popularização de uma imagem oficial dessa época histórica brasileira. Neste sentido que é fundamental compreender as estratégias de produção da representação do Império que é vinculada pelo museu. A sua investigação procura destacar os atores envolvidos na concretização do museu, os critérios de seleção das peças que deviam compor o acervo museológico e a organização do espaço de exposição. Esses elementos conjugados contribuíram para a configuração do Museu Imperial, em especial, para a institucionalização de uma representação do Império que foi disseminada no imaginário popular.

06/08 - Quarta-feira - Tarde (14h às 16h)
  • patricia reinheimer
    Da identidade nacional à identidade individual: artes plásticas no Brasil após a Segunda Guerra
    A arte é uma dimensão social que contribui para o processo de construção de identidades. Alguns valores antinômicos, caros às ciências sociais, podem ser observados a partir do fenômeno artístico: o individual oposto ao coletivo, o subjetivo ao social, a interioridade à exterioridade, o dom natural das aprendizagens culturais. Levar em conta a presença dessas antinomias dentro do mundo artístico pode tornar o fenômeno um desafio propício para a revisão das posturas que concebem uma direção única na construção dos fenômenos sociais. A construção de representações de nacionalidade foi uma das principais contribuições da produção plástica brasileira, principalmente, desde o começo do século XX. Entretanto, a negação dessa dimensão temporal/cultural, e com ela do artista como representante da identidade nacional brasileira, é um dos fundamentos sobre os quais se baseia a concepção contemporânea de apreciação estética. O período entre 1945 e 1960 é propício para refletir sobre as condições de possibilidade de uma crítica de arte que enfatizava o artista individual em detrimento de seus pertencimentos coletivos. O objetivo desse ensaio é investigar essas transformações no discurso sobre a produção plástica no Brasil desse período.
  • Sandra Makowiecky
    História e Cultura Visual em Martinho de Haro - um modernista singular.
    Ao abordar a obra do artista plástico catarinense Martinho de Haro veremos que a utilização de referências a outros momentos da arte no país ou mesmo fora dele, tem a intenção de evidenciar a singularidade das nossas manifestações locais, sem querer inseri-la numa linha reta e diacrônica da arte brasileira e mundial como mais uma perpendicular, na qual se situam fatos, nomes e datas somente. Nossa arte sempre esteve atrelada à da história européia e mundial. A presença de referências de outras manifestações artísticas evidencia a existência de uma circularidade de idéias percebidas na diacronia e sincronia dos acontecimentos. A pintura será considerada neste estudo como um produto cultural que carrega significados de um determinado tempo e lugar, de um modo de viver, agir e pensar. E na idéia da pintura e da cidade como produto ou questão cultural.
    Em um panorama de que todas as cidades se assemelham ou venham a se assemelhar, o imaginário detém o poder de transformar a mercadoria e o consumo em conhecimento que se amplia e se torna mais complexo. A percepção das diferenças é fundamental neste mundo homogeneizado e desterritorializado. Um artista que viveu em uma cidade – Florianópolis - repleta de contrastes, registrada por ele dentro da visão de um modernista, mas singular.

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  • Paulo Knauss
    Os sentidos da arte estrangeira no Brasil: exposições de arte no contexto da Segunda Guerra Mundial
    O trabalho se insere no campo da história das exposições de arte e pretende tratar os sentidos da arte estrangeira no Brasil. Desse modo, propõe-se o estudo das exposições de arte estrangeira que ocorreram na cidade do Rio de Janeiro no contexto da Segunda Guerra Mundial, e que coincide com o período de afirmação dos serviços culturais da diplomacia no plano internacional. O que se pretende caracterizar é como as exposições de arte se definiram como recurso da diplomacia, apresentando leituras das relações internacionais por meio da crítica de arte. Além disso, a pesquisa pretende discutir os sentidos da arte estrangeira no Brasil, especialmente da arte moderna.
  • EDUARDO LEOCADIO TEIXEIRA, Fernanda Correa da Silva , Patricia Maria Ozório Teixeira, Priscila de Araújo Santos
    A fotografia e a concepção de belo na contemporaneidade
    O presente trabalho pretende comparar as técnicas fotográficas utilizadas na época de D. Pedro II com as fotografias digitais contemporâneas. A temporalidade utilizada pelos primeiros fotógrafos no Brasil não se adequa, no século XXI, às necessidades das mudanças sociais. Não há mais espaço para imperfeições, mas um retorno do belo "artificial".
  • Caroline Fernandes Silva
    História de vendedoras: arte e visualidade no Brasil
    A tela Vendedora de cheiro foi pintada em 1947 pela artista paraense Antonieta Santos Feio, que buscou no trabalho urbano de mulheres comuns a referência para sua obra. Particularmente, o trabalho das mulheres vendedoras, das quitandeiras, aparece repetidas vezes na produção de artes plásticas feita no Brasil, seja em aquarelas, gravuras e desenhos de pintores-viajantes, assim como em fotografias de cartões de visita do século XIX; percorrendo a produção de artistas de várias gerações ao longo do século XX. O objetivo deste trabalho é acompanhar as soluções presentes em trabalhos de alguns desses artistas que, em diferentes tempos e utilizando-se de técnicas variadas, forneceram elementos para construção de uma visualidade capaz de dar suporte à experiência visual da vendedora.
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