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Simpósios Temáticos


Imigração e História social: o caso do Rio de Janeiro

Coordenadores:
Ismênia de Lima Martins

Resumo:
O Simpósio Temático Imigração e História Social — o caso particular do Rio de Janeiro apresenta neste Encontro sua segunda edição. Proposto inicialmente na ANPUH –Rio de 2006, ganhou status de GT em 2007, no Simpósio Nacional de História, promovido pela ANPUH. Desde então, o GT apresenta seminários mensais no Arquivo Nacional, quando à luz de uma nova historiografia baseada no estudo das identidades e das negociações culturais entre grupos étnicos aborda as migrações no Brasil no período contemporâneo.
Neste sentido a proposta para a segunda edição deste simpósio renova a preocupação em acolher novas interpretações para o fenômeno das migrações no caso do Rio de Janeiro, tanto questões teóricas como estudos de fontes. Da mesma forma abre-se à discussão de variadas abordagens metodológicas, historiográficas, questões de gênero no âmbito da imigração, e, sobretudo, da diversidade dos grupos emigrados pensados no contexto geral da cidade e do Estado do Rio de Janeiro.

Programação:

05/08 - Terça-feira - Manhã (10h às 12h)
  • Ismênia de Lima Martins
    A Questão da Nacionalização da Pesca e o Imigrante Ideal.
    Na década de 20 a política efetiva de nacionalização da lei da
    pesca, assim declarada legalmente desde 1917, teve grande repercussão.
    Nesta pesquisa resgata-se, através da imprensa de época, a discussão
    provocada pela questão da nacionalização requerida aos que se dedicavam
    a atividade pesqueira. Ressalta-se o debate sobre o imigrante ideal, que
    volta com grande força no período, tendo como modelos em confronto o
    japonês e o português, envolvendo jornalistas reconhecidos e
    intelectuais projetados como o próprio Lima Barreto. Além dos aspectos
    políticos revelados no esquema repressivo imposto pela Inspetoria de
    Pesca, destacam-se as matrizes ideológicas do problema e a comunicação
    analisa os interesses corporativos, suas formas de organização e
    manifestações

  • Heitor Damasceno Duarte Teixeira
    Uma visão perspectiva das políticas de restrição à imigração no Brasil nas décadas de 1920 e 1930
    O presente trabalho tem como objetivo analisar as leis de restrição à imigração no Brasil, tendo com alvo principal as décadas de 1920 e 1930. A discussão sobre as leis e políticas sobre imigração é extremamente importante para se entender a formação nacional e a formação do trabalhador nacional, a seleção dos desejáveis e indesejáveis, a dicotomia cidade/campo, o mercado de trabalho e a função econômica da imigração.
    Muito se discute sobre a função social do imigrante na formação de nosso país, mas muitas vezes se ignora que este, além de sua culturas e costumes, traz consigo sua mão-de-obra e, sobretudo, que este produz e consome. As leis de imigração serviram como mecanismo de controle do Estado que devia fomentar a busca por mão-de-obra e ao mesmo tempo não podia sufocar o trabalhador nacional e nem acentuar os problemas sociais já existentes com uma grande população crescente e desempregada.
    O debate sem dúvida é muito anterior ao entreguerras. Entretanto a decadência da cafeicultura e a emergência de novas forças simbolizadas na figura de Getúlio Vargas, a conjuntura internacional de governos ultranacionalistas e do tema imigração como “ordem do dia” em outros países como os Estados Unidos fazem deste um período importante para se pensar o papel da imigração no Brasil.

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  • Flávio Limoncic
    Políticas de restrição à imigração no Brasil e nos Estados Unidos
    Nas décadas de 1920 e 1930, Brasil e Estados Unidos implementaram políticas de restrição à imigração, encerrando assim um período de grande afluxo de imigrantes. Tema clássico na historiografia americana, e cada vez mais visitado na brasileira, os estudos sobre imigração geralmente concentram-se em questões relativas à formação da identidade nacional e à formação de comunidades étnicas - com suas instituições de ajuda-mútua e outras redes de sociabilidade. A presente comunicação propõe uma ênfase maior nas questões relativas ao mercado de trabalho e à regulação da economia como elementos importantes nos debates que resultaram na restrição à imigração nos dois países.

05/08 - Terça-feira - Tarde (14h às 16h)
  • ELISA MASSAE SASAKI
    "A migração japonesa na virada do século XIX ao XX para Ásia, Américas e Brasil".
    Este trabalho abordará o processo emigratório de japoneses para o mundo afora, sobretudo para a Ásia, Américas e Brasil, a partir do final do século XIX e ao longo do século XX. Este foi um período marcado por grandes deslocamentos populacionais da Europa para as Américas, como o contínuo processo imperialista ocidental e também o concomitante processo colonial que atingiu várias partes do mundo, sobretudo na Ásia e na África. O Japão, inserido nessa corrida internacional, avançou com a sua campanha imperialista ao longo da Ásia. Ao mesmo tempo, o governo japonês tomou como um assunto prioritário a questão da emigração japonesa. Os motivos mais recorrentes e citados são as questões de alta densidade populacional e a questão da pobreza relacionada ao repentino e intenso processo de modernização que o Japão passou a experimentar a partir da era Meiji. Posto isto, passo a apresentar um panorama em linhas gerais dos deslocamentos populacionais japoneses, desde o início da era Meiji, em 1868, ao longo do século XX e finalmente, até os dias de hoje, no início do terceiro milênio, entre o Brasil e o Japão.
  • Leonardo Yoichi Tsukino
    A Imigração japonesa em Papucaia e Funchal: as plantações de goiaba e suas variedades
    Este trabalho pretende descrever a imigração japonesa no Estado do Rio de Janeiro. E mostrar o caso das plantações de goiaba e suas inúmeras variedades no distrito de Papucaia, localizado no município de Cachoeiras de Macacu. Os descendentes de japoneses foram os pioneiros da goiaba "Ogawa" (Tipo de Goiaba criado por Shinichi Ogawa), e foram os responsáveis pelo desenvolvimento sócio-econômico nessa região fluminense. Eles criaram uma cooperativa chamada GOIACAM (Cooperativa de Produtores de Goiaba de Cachoeiras de Macacu). Também, o artigo tem o objetivo de demonstrar, que cada família nikkei (descendente de japonês) desenvolveu a sua própria goiaba. Aumentando de forma considerável as variedades desta fruta, tal crescimento desta atividade fez com que esse produto se tornasse bastante conhecido em todo território nacional, não só pelo tamanho (uma goiaba de meio quilo), mas também pelo seu sabor. Graças a persistência e o labor de cada família nikkei é que esta fruta pode se concretizar nos mercados brasileiros.
  • MARILÉIA FRANCO MARINHO INOUE
    Memórias Partilhadas
    O trabalho proposto é baseado em história oral, com entrevistas realizadas nos núcleos coloniais de criação expontânea ou oriundos de ações governamentais em diversos municípios do Estado do Rio de Janeiro. O estudo foi feito com imigrantes antigos e novos, através de depoimentos deles próprios ou de seus descendentes. Pontuamos as condições conjunturais e históricas que ensejam a contribuição econômica e social, em conjunturas diferenciadas, e por sua vez vão marcar, em diversos campos a sociedade carioca e fluminense.
  • Tomoko Iyda Paganelli
    Os núcleos coloniais de imigração japonesa no Estado do Rio de Janeiro
    Os primeiros núcleos de imigração japonesa no Estado do Rio de Janeiro estão associados ao governo Vargas. O mapa das terras públicas do Estado (IBGE,1956) permite visualizar as terras públicas que foram utilizadas para formação destes na Baixada Fluminense (R.Janeiro, Itaguai,N. Iguaçu, Nilo pólis, Caxias) e Cachoeira de Macacu marcam a trajetória dos imigrantes e seus descedentes na história do desenvolvimento agrícola do Estado, antes e depois da 2a. Guerra.onde as Associações e as Coperativas garantiram a
    transmissão e preservação de valores e costumes da terra de origem.

  • Lená Medeiros de Menezes
    Imigrante: Um conceito revisitado.
    A exposição tratará da diversas acepções do termo Imigrante e
    de sua elaboração como conceito. Apresentará sua relação à diferentes
    conjunturas históricas, assim como, sua utilização na documentação
    oficial e sua apropriação diferenciada por organismos nacionais e
    internacionais. Finalmente, discutirá a tese de Joel Serrão relativa à
    emigração para o Brasil desde o século XVIII.


06/08 - Quarta-feira - Manhã (10h às 12h)
  • Luiz Barros Montez
    Análise de construções discursivas do Rio de Janeiro em relatos de viajantes no século XIX. Uma abordagem interdisciplinar.
    Os relatos de viajantes são considerados como fontes extremamente relevantes para a escrita da história do Brasil do século XIX. No entanto, embora eles se constituam como construções discursivas, a linguagem que lhes é subjacente é com freqüência considerada pelo historiador apenas como uma espécie de “receptáculo”, que se limita a abrigar de forma neutra “fatos” e “informações” históricas “positivas”. Como conseqüência, são negligenciadas as motivações ideológicas subjacentes ao texto, e as estratégias discursivas a estas correspondentes permanecem ocultas sob a superfície do texto. Esta abordagem equivocada desconhece o fato de que estes relatos se constituíram como ação discursiva concreta, em sua importante materialidade semiótica. Tal equívoco torna-se particularmente grave quando se leva em conta a importância dos relatos para os movimentos migratórios de europeus que aqui vieram s se estabelecer. A presente comunicação aponta, neste sentido, alguns elementos para uma abordagem lingüística adequada em exemplos de relatos de viajantes alemães no Rio de Janeiro da primeira metade do século XIX.
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  • Aline Rocha de Souza
    Associações Nipo-Brasileiras e Imigrantes Japoneses no Rio de Janeiro
    Aproveitando o ensejo das comemorações do Centenário da Imigração Japonesa para o Brasil no ano de 2008, buscamos através do presente trabalho pensar e resgatar a história, atuação, participação e importância das associações nipo-brasileiras para os imigrantes japoneses e seus descendentes na cidade do Rio de Janeiro. Através de um resgate dessas instituições, buscamos também pensar a presença japonesa no Estado do Rio de Janeiro. Praticamente esquecida pela historiografia a respeito do tema, que se concentra principalmente no Estado de São Paulo e Paraná, cuja presença nipônica é bem maior que nos demais estados. A introdução de novas técnicas agrícolas, o cultivo de novos produtos e a construção naval são algumas das várias contribuições da presença japonesa no Estado do Rio de Janeiro. Um legado que não pode ser esquecido ou ignorado. Lançando mão da história oral, a partir de depoimentos colhidos de dirigentes, membros e freqüentadores dessas associações, ao lado de documentos e de diversa bibliografia, propomos contribuir com mais uma reflexão a respeito de um tema tão pouco abordado e discutido, seja nos estudos sobre imigração, seja nos estudos sobre a História do Estado do Rio de Janeiro.
  • Débora Bendocchi Alves
    Gunther Fröbel e a emigracao alema para o Brasil
    A exposição apresenta a figura de Gunther Fröbel e os jornais que publicou na Turingia, especializados em imigração, destacando os esforços promocionais em relação ao Brasil. Serão também estudadas, particularmente, as cartas publicadas em periódicos provenientes de fazendas de café fluminense, ensejando uma abordagem comparativa com aquelas oriundas de São Paulo. O período apreendido pela pesquisa se estende de 1852 a 1860, contemplando o inicio das colônias de parceria no Brasil e o período imediatamente posterior à revolta de Ibicaba. Analisa os efeitos da repercussão do livro de Thomas Davatz na imprensa alemã, acirrando os debates de tal forma que o governo prusiano decide proibir a propaganda e as atividades dos agentes ligados à emigração para o Brasil. Propõe-se, ainda, uma abordagem metodológicas sobre o uso de tais cartas como documento histórico considerando de um lado o caráter subjetivo do documento enfocado e as possibilidades de manipulação, por parte dos redatores dos jornais, em nome da propaganda.
  • Sylvia Ewel Lenz
    UM MOSAICO GERMÂNICO NO RIO DE JANEIRO: A LIGA ALEMÃ, PRÚSSIA, ÁUSTRIA E SUÍÇA
    Relacionamos os "alemães" com um pais na Europa Central só formado como
    Estado após a consolidação do Império Alemão. Depois de 1918, houve
    perda territorial e
    moral, além das da crise socioeconômica do entre-guerras. A
    brutalidade do nacional socialismo, seu belicismo e o holocausto
    legaram aos descendentes a marca
    da culpa pelos crimes de guerra.
    Mas antesde se torna uma sociedade polítcia a nação forjou uma cultura
    literária e filosófica, musical - sacra e profana,além do gosto pelo
    mundo natural.
    A Liga Alemã ainda era um mosaico formado por principados e
    cidades-Estado disputados por Áustria e Prussia. No estrangeiro os
    alemãeso tinham elementos comuns e
    diferenciadores por seremoriundos de regiões díspares: o norte
    protestante e comercial, o sul católico agrário e depauperado, cidades
    manufatureiras; alémde países
    de fala alemã como a Suíça e o antigo Império Habsburgo e Russo. Assim,
    aqui deu-se uma comunhão sociocultural viabilizada pelo idioma e
    vivenciado
    em refeições no trabalho e de negócios, festas familiares e religiosas,
    além de em jogos, leituras e caminhadas. O "acatolicismo" luterano e
    calvinista
    aproximou suíços franceses e alemãs do norte culminando com a fundação
    da primeria igreja protestante no Brasil."


06/08 - Quarta-feira - Tarde (14h às 16h)
  • Júlia Erminia Riscado
    As relações entre Brasil e Espanha observadas através da Casa De España, no Rio de Janeiro
    O presente trabalho visa analisar como a relação entre Brasil-Espanha tende a se fortalecer no início da década de 80, dando enfoque a convergência de discursos identitários projetados no cenário internacional de ambos os países. Não tendo aqui a pretensão de tratar das relações entre esses países em sua totalidade, foi escolhida a associação espanhola Casa de Espana - criada em 1983 no Rio de Janeiro - como objeto de referência para exemplificar esse contato, que também afirma a importância cultural da ex-Capital Federal brasileira no cenário internacional.
    Para isso, primeiramente serão apresentados alguns aspectos internos e externos, ainda que voltados à política exterior, de Brasil e Espanha no final da década de 70 e início de 80. Mais adiante, pretende-se expor a importância do uso do conceito de Culturas Políticas para o estudo das novas políticas internacionais por via institucional. Por fim, tentará ser apontada a importância simbólico-cultural da associação Casa de España na criação do discurso que legitima a aproximação entre esses países.

  • Érica Sarmiento da Silva
    Excluídos do sistema: os galegos indesejáveis no Rio de Janeiro
    Uma parte da comunidade galega foi expulsa do Brasil por pertencer a correntes anarquistas e comunistas, por participarem em sindicatos e até por sua condição de pobreza. Com a utilização de fontes históricas, como os processos de expulsão do Arquivo Nacional, entrevistas e jornais da época, foi possível identificar os galegos indesejáveis e algumas características da sua isnerção sócio-profissional, como as associações onde atuaram, entre elas o Centro Cosmopolita e a União dos Empregados de Padaria. Havia desde líderes sindicais, ativistas anarquistas como simplesmente assalariados que se uniam às associações da sua classe para melhorar suas condições de vida. Os galegos, culpados ou inocentes, fizeram parte desse obscuro cenário carioca, contribuindo, junto com outros grupos de estrangeiros, para a história dos movimentos operários e sociais.
  • Miriam Abduche Kaiuca
    Imigrantes sírios e libaneses: obstáculos e perspectivas na cultura científica no Rio de Janeiro
    As necessidades da ocupação de espaços imensos no Novo Mundo provocaram, entre outros fatores, maciços deslocamentos de população do velho mundo nas três últimas décadas do século XIX e no início do seguinte. Sírios e libaneses participaram desse movimento, impelidos pela perseguição religiosa, os primeiros e pelas econômicas, os segundos, ou seja, foram impulsionados por fatores demográficos e econômicos que desagregaram a economia de subsistência local e por causas de natureza político-religiosa. Desde os anos 1870, numa verdadeira diáspora, eles partiam, sobretudo para as Américas.Entre 1884 e 1939, entraram no Brasil cerca de 4.160.000 imigrantes, dos quais os sírios e libaneses católicos totalizavam 2,4%. O enraizamento da representação na vida dos grupos constitui um traço essencial do fenômeno representativo, pois ele dá conta de seu vinculo com uma cultura ou sociedade dada. Nesta perspectiva a questão principal situa-se em pesquisar de que maneira os imigrantes sírios e libaneses educaram seus descendentes e ratificaram e retificaram as bases identitárias de uma minoria tornando-os pessoas inseridas na sociedade fluminense como cidadãos e como cientistas na área acadêmica até o final do século XX.
  • Rosane Aparecida Bartholazzi de Carvalho
    Uma ponte sobre o oceano: a manutenção dos laços econômicos entre o Lazio e o Rio de Janeiro
    Após análise das fontes encontradas nos arquivos brasileiros e italianos, procuramos, no presente estudo, abordar a manutenção dos laços econômicos estabelecida dos dois lados do atlântico entre as famílias que emigraram dos municípios de Proceno e Graffignano, região do Lazio, e tiveram como destino o noroeste fluminense no final do século XIX.

07/08 - Quinta-feira - Manhã (10h às 12h)
  • Vitor Manoel Marques da Fonseca
    Associações portuguesas no Rio de Janeiro: aspectos sociais e financeiros em 1912
    A comunicação “Associações portuguesas no Rio de Janeiro: aspectos sociais e financeiros em 1912” apresenta dados quantitativos sobre as associações de auxílio mútuo e beneficência portuguesas, especificamente sobre seu número de membros, nacionalidade, sexo, beneficências e auxílios e movimento financeiro (patrimônio, receita e despesa). A análise dessas informações permite avaliar a importância desse associativismo tanto para a colônia como para a sociedade em geral, além da confrontação com dados semelhantes de associações congêneres não portuguesas. O ano em questão, 1912, foi escolhido por todos os pesquisadores envolvidos com o III Seminário Internacional sobre a Emigração Portuguesa para o Brasil, realizado em 2007 em Santos (SP), com o objetivo de traçar um quadro pormenorizado e conjunturalmente limitado da realidade da emigração portuguesa para o Brasil.
  • Tiago Dionisio da Silva
    Núcleos de Imigração Japonesa no Estado do Rio de Janeiro: o caso de Tíngua
    A formação dos núcleos de imigração japonesa no Brasil apresenta duas características em comum: as ASSOCIAÇÕES CULTURAIS E ESPORTIVAS onde algumas tradições da cultura japonesa são reavivadas e crianças iniciavam as aulas da língua japonesa, e as COPERATIVAS que reúnem imigrantes para a comercialização dos produtos agrícolas cultivados. A cooperativa Agrícola Cotia, a mais conhecida, e oficialmente fundada em 1927 (87 sócios), estende sua atuação do Estado de origem aos outros estados do Brasil, tal como ocorreu no início da formação do núcleo colonial de Tinguá (1970) no Estado do Rio de Janeiro. Mediante a isso o presente trabalho se propõe analisar a inserção socioeconômica e cultural dos Imigrantes Japoneses nas terras situadas em Tinguá no Município de Nova Iguaçu na Baixada Fluminense, bem como compreender a relação entre o referido núcleo e a cooperativa que o substanciou na produção agrícola. Para alcançar tais objetivos foram realizadas entrevistas in loco, além de fontes oficiais como documentos do núcleo, documentos particulares e objetos iconográficos dos seus integrantes. A análise resultou no entendimento da inserção do imigrantes japoneses na sociedade fluminense, além do resguardo da história social e da memória da comunidade japonesa no Estado do Rio Janeiro.
  • Leila Medeiros de Menezes
    Da botica ao botequim: a presença portuguesa no cotidiano carioca
    Das antigas boticas aos atuais botequins muitas "águas rolaram", muitas coisas mudaram - o hibridismo do antigo armazém de secos e molhados e bar, estabelecimento tipicamente português, deu lugar às muitas mesas de bar - mas a essência do estabelecimento comercial, plantado no Rio de Janeiro pelo imigrante luso, no início do século XX, continua vivo: beber com os amigos para "trocar uma prosa", ao final de um dia de trabalho. Esse ritual, basicamente carioca, está impregnado na alma boêmia da cidade, quer no chamado "pé-sujo", quer no chamado "pé-limpo", bem mais atual e mais sofisticado. Mas, a autenticidade do "pé-sujo" continua se fazendo na ambiência descontraída, nos petiscos servidos de forma generosa, na presença-presente do seu proprietário: o português que transita do balcão às mesas para "prosear" com seus clientes que fazem do boteco a extensão do lar. Fundamentada, em especial, na história oral, a pesquisa resgata e registra histórias de muitos António(s), Manuel(is), Joaquim(ns), anônimos que atravessaram oceano e fizeram história para além do Tejo, em um Rio de Janeiro a janeiro.
  • Paula Leitão Cypriano
    Do Comércio à Comenda: ascensão social e projeção política dos imigrantes portugueses na sociedade carioca, 1850-1870
    Na segunda metade do oitocentos, o contexto internacional de uma economia mundializada e as mudanças provocadas na capital brasileira pelos processos de expansão urbana e modernização marcaram os vínculos entre imigração e negócios. O comércio tornou-se, assim, o principal meio de enriquecimento do imigrante português, possibilitando-lhe obtenção de títulos nobiliárquicos e projeção política na sociedade. Através do cruzamento dos registros de comerciantes matriculados no Tribunal do Comércio do Rio de Janeiro, passaportes apresentados à polícia e dados do Almanak Laemmert, buscamos analisar as relações entre imigração e poder, tendo como base a projeção dos comerciantes portugueses na sociedade carioca.
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07/08 - Quinta-feira - Tarde (14h às 16h)
  • Vera Lúcia Bogéa Borges
    Cultura política no Rio de Janeiro da Primeira República
    No Brasil, o crescimento do movimento republicano a partir de 1870 consolidou suas lideranças em duas grandes cidades com contornos bastante distintos: Rio de Janeiro e São Paulo. Nesta fase marcada pelo ocaso do Império e pelos primeiros ventos republicanos, a futura capital federal acolhia migrantes nordestinos, escravos, ex-escravos, imigrantes portugueses, espanhóis, italianos, ciganos, árabes, judeus da Europa Oriental e do Oriente Médio. Desta forma, o Rio de Janeiro pode ser percebido como arena cultural ao ter seu ambiente redimensionado enquanto teatro da ação humuna. Além de organizar o espaço, a cidade também apresentava uma dimensão política ao servir de cenário de dominação da autoridade político-administrativa sobre o conjunto de seus habitantes. Neste sentido, a partir do urbanismo forjado pelas autoridades da belle époque, discutiremos a condição da capital como vitrine e pólo irradiador da política através das ações de seus diversos atores sociais e suas repercussões em jornais e revistas da época.
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  • Juliana Foguel Castelo Branco
    Políticas e estratégias para imigração nos primeiros anos da Republica Brasileira
    O presente trabalho pretende analisar criticamente as Relações Ministeriais da Agricultura (1860-1960) que se referem à imigração nos primeiros anos após a proclamação da República e da abolição da escravidão . Esta pequena amostragem permite ao pesquisador obter as seguintes informações no tocante a vinda de estrangeiros para o Brasil: número de entrados, fundação das Hospedarias das Ilhas das Flores e Pinheiros, fundação da Lloyd Brasileiras, o sistema de propaganda e informações estabelecido na Europa para a atração de imigrantes, discussões acerca da necessidade e da importância do imigrante no novo cenário político do país entre outras informações. O recorte compreende o périodo de 1888 até 1900.
  • andrea telo da corte
    Niterói:a cidade e seus imigrantes. 1910-1960
    Gêmea da cidade do Rio de Janeiro, Niterói, no alvorocer do século XX acolheu levas diversificadas de imigrantes que, por opção própria ou por não ter encontrado lugar no distrito federal, vão se radicar na então capital fluminense, iniciando processos particulares de inserção social e reconfiguração das identidades primitivas. Isso posto, o presente estudo abordará os mecanismos duplos de interação entre a cidade e seus imigrantes: de um lado os imigrantes, com suas estratégias de sobrevivência e inscrição no espaço urbano, de outro, a cidade e suas condições sócio-político-econômicas limitadoras ou não do desenvolvimento social dos respectivos grupos.
  • Celi Silva Gomes de Freitas
    Os imigrantes nas crônicas de Lima Barreto: tensões e contribuições no Rio de Janeiro das primeiras décadas do século XX
    A intenção da presente comunicação é contribuir para a identificação de textos de literatos como corpus documental para o estudo da imigração na vida social carioca. Da obra de Afonso Henriques de Lima Barreto (1881-1922), recortamos para este trabalho um conjunto de artigos e crônicas escritos entre 1911 e 1922, no qual são apresentadas situações que envolvem diferentes aspectos das interações sociais entre brasileiros e imigrantes realizadas no espaço público da cidade do Rio de Janeiro.
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